tenho dentro de mim essas libélulas acessas.
hoje pela manhã cavei um buraco onde, outrora, havia escondido as minhas palavras.
elas não estavam mais lá.
libélulas, procurem!
onde está o meu poema? a minha sede? a minha úlcera?
na minha casa é assim: dentro das paredes mora um anjo que roubou meu coração.
e se essa rua fosse minha, eu já estava longe.
fico aqui por medo. medo de que minhas libélulas me abandonem.
mas tudo certo: fecho os olhos e vejo o mundo que me deixam ter.
gosto dos meus sussurros e da forma com que eles me tiram da cama.
tenho dentro de mim essas libélulas acessas.
e a minha vontade é de rasgar o estômago e ver que, junto ao sangue, as asas das libélulas ainda batem.
hoje pela manhã cavei um buraco onde, outrora, havia escondido as minhas palavras.
elas não estavam mais lá.
libélulas, procurem!
onde está o meu poema? a minha sede? a minha úlcera?
na minha casa é assim: dentro das paredes mora um anjo que roubou meu coração.
e se essa rua fosse minha, eu já estava longe.
fico aqui por medo. medo de que minhas libélulas me abandonem.
mas tudo certo: fecho os olhos e vejo o mundo que me deixam ter.
gosto dos meus sussurros e da forma com que eles me tiram da cama.
tenho dentro de mim essas libélulas acessas.
e a minha vontade é de rasgar o estômago e ver que, junto ao sangue, as asas das libélulas ainda batem.