Numa semana cabem sete dias.
Numa semana também cabem algumas horas. Mais de cem.
E os minutos, então... nem se fala.
Numa semana cabe todo esse raciocínio numérico que habita nossas mentes indóceis.
E cabe a possibilidade de contagem regressiva.
Alguns esperam o sol do dia que não é aproveitado dentro da sala do trabalho.
Outros contam os dias pra ver o pai que mora em outra casa. E que não mora na semana. Mas sim, fora dela.
Alguns ainda perdem a conta de quantas semanas já contaram esperando que a semana se passasse. E não passou.
E continuam a contar:
Numa semana cabe o tempo de um salário, um café, um revezamento de levar as crianças à escola.
Numa semana se gasta um quarto do tempo que se gasta pensando no mês.
Numa semana o tempo.
Numa semana passa.
Numa semana vai.
Em uma semana: cabe toda essa espera que não cabe dentro do corpo e a gente, por alguma razão, faz fugir rapidinho.
Antes que vire abóbora.
Numa semana também cabem algumas horas. Mais de cem.
E os minutos, então... nem se fala.
Numa semana cabe todo esse raciocínio numérico que habita nossas mentes indóceis.
E cabe a possibilidade de contagem regressiva.
Alguns esperam o sol do dia que não é aproveitado dentro da sala do trabalho.
Outros contam os dias pra ver o pai que mora em outra casa. E que não mora na semana. Mas sim, fora dela.
Alguns ainda perdem a conta de quantas semanas já contaram esperando que a semana se passasse. E não passou.
E continuam a contar:
Numa semana cabe o tempo de um salário, um café, um revezamento de levar as crianças à escola.
Numa semana se gasta um quarto do tempo que se gasta pensando no mês.
Numa semana o tempo.
Numa semana passa.
Numa semana vai.
Em uma semana: cabe toda essa espera que não cabe dentro do corpo e a gente, por alguma razão, faz fugir rapidinho.
Antes que vire abóbora.
2 comentários:
o primeiro encontro deles foi do tipo que não se vê mais nem em filmes americanos.
tinha a magia do tempo em comum. e olha que tempo mágico não é coisa fácil de se encontrar. e os dias ritmados puseram-se a passar, a passar e a passar... as semanas dançavam pelo calendário a cada página desprendida. até que a última folha restasse, o ano inteiro se foi, e ela saiu aflita em busca do próximo. precisava de um calendário novo, mais que o amor nascido, ela desejava o tempo do amor crescido.
não fazia idéia do que ficava para trás, do que era construído sobre alicerces de ternura, queria mais amor para cima. uma edifício que só cresce no espaço que se abre, no tempo que não existe.
foram vistos como loucos, aqueles que só existem no infinitivo "amar". os criadores de um novo calendário que é medido não pelos dias, nem pelos meses, que não completam um ano. chegava uma nova época, a do calendário de amores "idos", "presentes" e "porvires", medidos pelo tempo de cada um.
Brinquedo de palavra, um nome com sentido ao meu ver, uma garota querendo escrever brincando, sobre o reflexo do espelho vida que às vezes parece nos engolir, nos deixando sufocadas com a idéia de que tudo é muito certo, que tudo é muito bem delineado.(as vezes me sinto assim)
Brinquemos com as palavras soltas sobre esse espelho.
Foi um Prazer.
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